Finalização da forma de Estruturar a Contabilidade - 16ª Publicação

 

Na minha anterior publicação, mencionei que o insourcing tem outras vantagens em relação a ter estes profissionais como Quadros da Empresa ou como Outsourcing.

Como quadro da empresa, o profissional da contabilidade, ao longo do tempo, começa por absorver a energia da própria empresa e entrar num mundo diário rotineiro, perdendo aquele fulgor que o trouxe quando recrutado e integrado na empresa.

As empresas de Outsourcing, conhecidas, em Portugal, por Gabinetes de Contabilidade, normalmente só vão um tempo limitado à empresa e normalmente estão preocupados nos registos dos documentos compilados nos respectivos intervalos de tempo e no final do mês partilham com a liderança do Cliente os resultados e os acumulados no período em análise.

As empresas em regime de Insourcing, têm um mix dos dois acima, pois estão diariamente na empresa, não sendo da empresa.

Normalmente são constituídos por equipas de 2/3 ou 4 elementos, sendo um o Manager, o Senior, e os restantes os mais jovens profissionais da empresa de Insourcing. Com o tempo as equipas vão evoluindo, passando um dos jovens a sénior, entrando um ou dois novos elementos na base da equipa. Os restantes seguem as suas carreiras dentro da Empresa responsável pelo Insourcing.

Qual a vantagem?

A vantagem é de poderem trazer novas ideias e informações contabilísticas e fiscais para a Organização, poderem dar formação informal aos colegas quadros do Cliente e, reciprocamente, integram culturas diferenciadas, aprendendo sobre processos diferenciados e formas de trabalhar diferenciadas nas diferentes Organizações por onde passam.

A outra vantagem é de poderem libertar o Controller ou Director Financeiro para as outras funções necessárias na liderança financeira de uma Organização, como seja a reorganização e implementação de controles e processos de gestão, análise dos vários rácios de gestão e sua evolução e, finalmente, projecção de dados financeiros para o futuro, seja por planos financeiros estratégicos, orçamentos ou forecasts, incluindo netas projecções todos os elementos relacionados com Cash Flow, CapEx e a evolução de outros indicadores relevantes tanto para liderança das Empresas, como para terceiros, como sejam investidores, bancos e afins.

Estando o Controller ou Director Financeiro apoiado na função dos registos contabilisticos, este ficar mais liberto para as decisões estratégicas, para negociações com clientes, fornecedores e banca, assim como poderá servir todos os Stakeholders na necessidade de informações diversas de negócios, nomeadamente evolução das vendas, do custo das vendas e estrutura de custos e outros relatórios “ad hoc”.

Adicionalmente, quando das implicações nas decisões estratégicas para o futuro e suas implicações futuras tanto a nível contabilístico, em SNC, IFRS ou outros GAAP contabilísticos, os elementos da contabilidade em regime de Insourcing são elementos essenciais de melhor podermos controlar o registo contabilísticos e riscos das operações futuras que hoje queremos definir e implementar.

Amanhã começarei a partilhar a importância do autoconhecimento na liderança de equipas, nomeadamente da equipa financeira, utilizando a ferramenta que tenho aprendido e partilhado ao longo destes meus últimos 15 anos, o Eneagrama – Estudo das personalidades, suas motivações e tipos de liderança.

Espero que apreciem esta publicação, assim como as anteriores, e partilhem as Vossas opiniões e experiências.

Vemo-nos amanhã