O potencial do Idadismo
Hoje, no
#BaratoSaiCaro volto ao tema com o qual, com os meus 62 anos, acredito que
devemos cada vez mais abrir as consciências das empresas que recrutam
profissionais para os seus negócios, assim como às empresas que trabalham o recrutamento
de profissionais para os seus clientes, ou seja, o #idadismo.
A fotos que
partilho convosco abaixo mostram dois profissionais, apesar de um já estar
jubilado e o outro já ter ultrapassado os 50 anos, foram considerados como os
capazes de poderem gerir a nossa PGR e o nosso Tribunal de Contas.
O que levou os
nossos Governantes, na qual a maioria também já ultrapassou a idade de 50 anos,
a seleccionar estes profissionais como os mais capazes de gerir as instituições
para o qual vão ser nomeados oficialmente?
Será pela sua
falta de experiência, sua falta de maturidade, de não saberem o que fazem e do
que têm de fazer, sua falta de saberem tomar as decisões correctas, sua
capacidade de trabalho ou sua capacidade de se ajustarem aos novos tempos com
IA.
Independentemente,
de gostar ou não destes profissionais, estas nomeações fez-me fazer intervalo
no #BaratoSaiCaro para voltar ao tema que poucos falam, mas que é uma realidade
do nosso País, o #idadismo e a forma como vetam os profissionais com mais de 50
anos ao ostracismo.
Apesar eu estar
na franja de idade de um profissional com mais de 50 anos, a verdade é que
tenho dois filhos com uma idade inferior a 35 anos e que caso não consigam
acompanhar a novas tendências da IA se calhar também passarão a ser
dispensáveis, não com mais de 50 anos, mas com mais de 40 anos. Quem sabe?
Fala-se muito dos
jovens que terminam os seus cursos e, de forma a poderem ter a sua própria casa
e independência, decidem emigrar para países que lhes proporcionam melhores
condições de vida, leia-se rendimentos.
O País e os seus
Pais investiram para que ele pudesse acabar o seu curso, mas com a quantidade
de formados que saem hoje dos seus cursos não existem oportunidades para todos
eles num País com cerca de 10 milhões de habitantes.
Com tanta oferta
de profissionais jovens formados, entra a Lei da Procura e da Oferta. Esta diz-nos
que quando a Procura é maior que a Oferta as pessoas que procuram estão
dispostas a pagar mais para contratar e tentar reter os profissionais, pagando
acima da média.
O vice-versa
acontece de igual forma, ou seja, quando a Oferta é maior que a Procura, quem
está à procura, para o mesmo trabalho, pode pagar menos. É neste ponto que
assistimos ao nivelamento dos ordenados nos 1000 Euros.
Isto está a provocar o desequilíbrio ao qual assistimos, na qual grandes empresas a terem lucros cada vez maiores, “escravizando” os que permitem obter tais rendimentos.
E quando empresas
como os Bancos e grandes empresas sofrem percas, na qual vão entrar em
falência, são todos os que ganham os tais 1.000 euros que têm que tapar o
“Buraco”, com os impostos que pagam anualmente, para salvar aqueles postos de
trabalho de 1.000 Euros.
Mas isto já me
está a levar para outros temas que não é o que me trouxe aqui hoje, o #idadismo
e a capacidade de as organizações poderem ver nos profissionais com mais de 50
ou, inclusivé, como eu, com 62 anos a poderem ser mais valias que as Organizações
necessitam.
Porquê?
Porque têm a
maturidade, têm o bom senso, têm a capacidade de poder ensinar os mais novos e
aprender com os mais novos (assim como eu aprendo com os meus filhos e com os
mais jovens com já tive a oportunidade de trabalhar), têm visão, são os que
sabem efectivamente viver no mundo em mudança, pois foram eles que ajudaram a
implementar as mudanças necessárias, com implementação das novas tecnologias
que hoje fazem parte do nosso quotidiano.
Perguntam Vocês,
mas todos os profissionais com mais de 50 anos estão dispostos a aprender? Não.
Mas a pergunta
que faço é todos os médicos são bons? Todos os engenheiros são bons? E por aí
adiante. E a minha resposta também é Não.
Mas eu que estou
junto a uma Associação, a Associação DNOVO, e constato efectivamente este
facto, que entre mais de 300 profissionais, que pertencem a esta Associação, só
entre 10 e 25% dos profissionais querem aprender novas habilidades para estarem
habilitados a integrar este mundo de novas oportunidades com a utilização do
que hoje todos falam, a IA.
Acredito que a
maioria destes profissionais, como mencionado anteriormente, acreditam que a
Associação lhes vai arranjar emprego, mas a Associação existe para os melhor
preparar para o seu regresso ao Trabalho.
Mas então para que serve esta Associação se não garante aos profissionais o seu regresso ao mundo do trabalho?
Esta Associação,
sem fins lucrativos, teve um propósito que está escrito na seu site (pelo que
caso queiram saber carreguem no link que junto partilho convosco https://dnovo.pt/ ), acreditando que faço parte
dos 10 e 25% que continua a querer se formar e continuar a aprender e partilhar
os seus conhecimentos com os outros profissionais.
No entanto,
também acredito que as muitas empresas contratam pelas capacidades técnicas,
mas os despedem pelas suas acções comportamentais e por não acompanharem as evoluções técnicas.
Nesse sentido, a Associação a deve conseguir inverter a percentagem dos profissionais que se inscrevem como Profissionais DNovo e possam evoluir com o acesso a formações relacionadas com as novas tecnologias e a evolução das mesmas, como sejam as ferramentas digitais como sejam as da Microsoft (e não quero fazer qualquer tipo de publicidade), tendo em consideração de a maioria dos profissionais com mais de 50 anos, como eu, que sempre trabalharam com Excel, Word, Outlook, PowerPoint e, agora, PowerBI, apenas sabemos utilizar 10 a 20% do que estas ferramentas nos permitem fazer e sermos mais eficientes no nosso trabalho.
Para Quê?
Para que possam
incluir nos seus CVs, seu primeiro impacto nas empresas que estão recrutando,
certificações.

Resumindo, esta
minha Publicação que já vai longa, apenas espero que possa ter ajudado as
Organizações não só a confiar na IA, mas na capacidade que tanto os jovens como
os profissionais com mais de 50 anos podem trazer de positivo às vossas
Organizações, assim como os dois profissionais que agora foram seleccionados
para a PGR e para a liderança do Tribunal de Contas vão poder ser capazes de
ajudar na Gestão de todos os processos de investigação deste País, tanto
jurídicos como na apresentação de contas.
Espero que tenham
apreciado, pois a mim foi um prazer partilhar convosco.
Vemo-nos amanhã.
Comentários
Enviar um comentário