14 ª Publicação - Primeira parte Insourcing

 


Nas minhas anteriores publicações, partilhei convosco as vantagens e desvantagens de ter o vosso Departamento de Contabilidade com quadros da Vossa Organização ou com Outsourcing.

Hoje venho falar sobre a terceira forma de poderem organizar o vosso departamento de Contabilidade, o Insourcing.

O que é o Insourcing? 

Para mim é o prolongamento do Outsourcing, o seja de prestador de serviços de contabilidade e sua informação gerada, apenas com diferença de que em vez de termos fisicamente os profissionais 1 a 4 vezes por mês, passamos a tê-los 22 dias úteis por mês.

Muitas empresas consideram que este tipo de abordagem só serve para empresas Médias, a tender para grandes pois têm capacidade para pagar este tipo de serviço.

Para mim não tem haver com o que as empresas podem pagar, mas o que as empresas podem poupar e ganhar com esta aposta.

Este tema pode vir a ser extenso, pelo que, para não maçar a Vossa leitura, vou dividir em pelo menos esta publicação e a seguinte.

Atrás mencionei que estes profissionais poderão estar 22 dias na vossa Organização, mas, como já liderado por mim, muitas vezes poderão estar apenas 2 a 3 dias por semana, poderão estar apenas um dos períodos do dia, assim como poderão estar semana sim, semana não.

Em todos as formas, como pensamos montar o nosso departamento de contabilidade, existem sempre os outros profissionais, também importantes numa Organização, que tratam de processo administrativos, como seja facturação, envio e recepção de encomendas a fornecedores.

Estes profissionais por vezes, para não dizer a maioria das vezes, não têm formação nas implicações de abertura de um novo cliente, produto ou fornecedor e as suas implicações fiscais na abertura dos respectivos códigos de abertura nos respectivos módulos dos ERP´s.

Muitas vezes apenas os Contabilistas, Controllers e Directores Financeiros têm essa visão holística das implicações na abertura dos respectivos códigos.

Estes profissionais têm a capacidade para ajudar na formação das respectivas parametrizações.

Normalmente o Contabilista tem mais a visão do detalhe para as implicações fiscais (ver a minha anterior publicação sobre materialidade).

 O Controller ou Director Financeiro tem a noção sobre a informação necessária (conhecido por KPI’s) para tomada de decisões.

Acredito que a maioria dos Controllers e Directores Financeiros, como é o meu caso, além do curso de Contabilidade ou Gestão de empresas passou uma boa temporada da sua vida profissional em empresas de Consultadoria ou Auditoria.

No meu caso, passei 4 anos numa das 4 BIG empresas de auditoria, aprendendo sobre a NOÇÃO DE MATERIALIDADE de um CONTABILISTA, versus a de um AUDITOR, versus a de CONTROLLER ou de DIRECTOR FINANCEIRO.

A auditoria dá-nos a hipótese de conhecer vários tipos de negócio quais os seus pontos sensíveis do negócio (conhecido por KPI´s e definição dos mesmos).

Porque é que tantos auditores acabam por sair para as Organizações e não fazem a sua carreira na empresa de auditoria?

A razão é simples, porque a estrutura piramidal destas organizações recrutam pela base, dão a formação que as faculdades não dão, como seja relação com os clientes e, o tempo. Filtra os que têm capacidade para assumir os cargos de liderança seguinte, normalmente de Seniores (no meu tempo o título que tinham, agora Analistas). Destes, alguns chegam a Gerentes e muito poucos a Partners, pois a sua estrutura piramidal de liderança julgo que possa ter sido baseada na experiência de Moisés, na qual tinha 10 líderes que lhe reportavam as questões e, estes, tinham 10 que lhes reportavam a eles e assim sucessivamente.

Porque divaguei para a função de Controller e Director Financeiro, perguntam vocês?

Se querem saber porquê, estejam atentos à minha próxima publicação.

Vemo-nos amanhã

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